sábado, 21 de maio de 2016

FÁBULAS DE ESOPO - O corvo e a raposa



Os corvos sempre tiveram fama de serem péssimos cantores. Ninguém gosta de ouvi-los.

Certo dia, a raposa estava passando embaixo de uma árvore  quando viu lá em cima um corvo empoleirado num galho.  Tinha no bico um grande pedaço de queijo. Logo a esperta raposa teve uma ideia para tomar-lhe o petisco. Foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:

» Que pássaro magnífico avisto nessa árvore!

» Que beleza estonteante!

» Que cores maravilhosas!

»  Amigo corvo, sabe que não existe nenhuma outra ave que cante melhor que você? 
Elas não pedem para você cantar por inveja. 

E continuou a raposa: 

»  Será que daria para você deliciar-me com uma de suas melodias? Com sua voz suave para combinar com tanta beleza? Não há dúvida de que deve ser proclamado "O Rei dos Pássaros!"

Ouvindo esses elogios, o Corvo quase estourou de satisfação. Finalmente alguém reconhecia seu talento de cantor. Orgulhoso e de peito estufado, querendo mostrar que nem mesmo uma bela voz lhe faltava, abriu o bico para cantar.

O queijo caiu e mais que depressa a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia,  
e saiu correndo para saboreá-lo.


A fábula "O Corvo e a Raposa", descreve muito bem a artimanha do bajulador e a vulnerabilidade do adulado.


MORAL DA HISTÓRIA: 
Todo bajulador vive à custa de quem o escuta. 
E que não se deve acreditar em falsos elogios.



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